O STF deve transferir para o povo a responsabilidade do julgamento do ex-presidente Lula nas urnas
O judiciário sempre viveu coberto pelo manto preto da seletividade, Agora vê-se na berlinda, suas mazelas expostas à luz do dia. É o preço que se paga por servir de esteio do golpe de estado.
A política entrou porta adentro. Magistrados e procuradores perseguem abertamente adversários e protegem os seus.
Surfam na onda fascista emergente no país, tripudiam sobre a Constituição e as leis, organizam abaixo-assinado para pressionar o Supremo Tribunal Federal a curvar-se às ilegalidades cometidas com fins políticos.
Fazem manifestação para legalizar a corrupção salarial de embolsos de auxílio moradia e outros penduricalhos que formam ganhos ilegais acima do teto estabelecido pela Constituição.
Imagine se o Congresso ou o Executivo fizessem o mesmo e alguém recorresse ao judiciário para obrigar governo e parlamentares a respeitarem o teto salarial e cumprirem a Constituição?
O judiciário são órgãos de interpretação da Constituição e das leis para garantir direitos iguais a todos os cidadãos.
O Executivo e principalmente o Legislativo são os poderes soberanos da República, legitimados pelo voto do povo.
Por mais problemáticos e corruptos que sejam, cabem ao Ministério Público e ao judiciário fiscalizar, controlar, fazer cumprir a lei. Mas jamais fazerem política.
É inadmissível que a soberania popular, expressa no voto, seja cassada e submetida ao judiciário, por este poder ter como uma de suas prerrogativa o mandado de prisão e policiais sob suas ordens.
Magistrados e procuradores que flertam com o fascismo deviam ser isolados no judiciário e no Ministério Público. Essa gente está alimentando o fascismo no Brasil com nacos de ódio. Não parecem ter compromisso com a democracia e a cidadania.
Os cidadãos que atuam no Ministério Público, no judiciário, alinhados na defesa do estado democrático de direito e das garantias constitucionais, precisam sair das tocas para defender a Justiça como bem sublime da democracia.
O Supremo Tribunal Federal deve cumprir a Constituição e transferir para o povo a responsabilidade do julgamento do ex-presidente Lula nas urnas e não se curvar à ilegalidade construída em Curitiba e referendada em Porto Alegre. Simples assim.