Macaco Tião
Em 1988, quatrocentos mil cariocas votaram no Macaco Tião, na eleição para prefeito do Rio de Janeiro. Foi o terceiro mais votado.
Isso aconteceu porque naquela época não havia urna eletrônica. As cédula eram de papel.
O nome Tião foi uma homenagem a São Sebastião, padroeiro da cidade.
Tião ficou famoso por andar de mãos dadas com o cuidador dos animais do zoológico e brincar com as crianças.
Adulto, andava em posição ereta abraçado com um funcionário do zoológico. Às vezes fazia certas coisas comuns aos primatas, que moralistas e religiosos, que usam roupas, não aceitam.
Depois de muitas reclamações ao poder público, de moralistas e religiosos, a repressão foi mandada ao zoológico.
Construíram uma cela e encarceraram Macaco Tião.
Tião virou bicho, ficou agressivo, atirava excrementos e outras coisas nos visitantes, até nas autoridades que foram inaugurar a jaula.
O prefeito Júlio Coutinho foi alvejado por um punhado de terra no rosto.
No dia 23 de dezembro de 1996, Macaco Tião faleceu, de diabetes.
Uma estátua em homenagem a ele foi erguida no Zoológico do Rio de Janeiro.
A prisão do Macaco Tião foi justificada na época pela Globo, no Fantástico, como sendo um animal de “hábitos especiais, estilo e intenções diabólicas, que a gente nota pelo jeito de olhar.”