Água mole em pedra dura tanto bate até que acaba a água
Como dizia um hippie que vendia artesanato na feira da Torre de TV, em Brasília:
“Água mole em pedra dura tanto bate até que acaba a água”.
Ou seja, esgotados a implacável perseguição e todos os perversos recursos dos algozes do ex-presidente Lula no Judiciário e no Ministério Público, não conseguiram destruí-lo.
Perceberam que Lula é feito da confiança de milhões de pessoas e que elas sabem que ele é inocente e vítima da indecente política brasileira. Mexeram com um gigante político que cresce a cada dia.
As bandas do judiciário e do Ministério Público, que protagonizaram ilegalmente espetáculos combinados com a grande mídia para prender o ex-presidente Lula e tentar retira-lo da disputa pela presidência da República descambam na ladeira do desprestígio e sofrem progressivo isolamento.
À frente, o juiz Sérgio Moro e o procurador Deltran Dallangnol, seus seguidores no Tribunal Federal Regional da 4ª Região e no Supremo Tribunal Federal. Todos no mesmo barco do absolutismo “O Estado sou eu”, como suporte do estado de exceção.
Sérgio Moro, Dallangnol e seus seguidores parece que ainda não se deram conta da parcela de responsabilidade deles no maior desastre institucional da história recente do Brasil. A confiança na justiça brasileira, um dos mais preciosos bens da democracia, desaba.
A recente pesquisa CNT/MDA mostra que a percepção da população é inversa à vaidade de magistrados e procuradores, que andam de salão em salão, como popstars,se autopromovendo e se regozijando do que têm feito.
Para 55,7% da população a Justiça no Brasil é (ruim ou péssima); 52,8% não confiam no Judiciário; e para 90,3% a Justiça brasileira não age de forma igual. Óbvio.
Numa demonstração clara de compreensão do processo político e de que o Brasil foi vítima de um criminoso golpe de estado, o povo diz “Não” ao judiciário e “Sim” ao ex-presidente Lula.
Diz também o Datafolha que apenas 16% da população confiam na mídia brasileira e que 82% não confiam absolutamente ou confiam muito pouco.
Eis o golpe de estado na lona.
Preso em Curitiba sem cometer nenhum crime, depois do roteiro hediondo de flagrantes violações das garantias constitucionais, do devido processo legal, de outros direitos, e do massacre diário das redes de TV, rádios, jornais e revistas, o ex-presidente Lula dispara nas pesquisas e lidera a disputa para a presidência da República, com 30% da preferência do eleitorado, segundo o Instituto Datafolha, quase o dobro do segundo colocado.
O cenário do Brasil, aos nossos olhos e aos olhos do mundo, se configura com o país afundando numa crise econômica e social gravíssima, governado por uma perigosa quadrilha, o judiciário desmoralizado, o ex-presidente Lula preso em Curitiba, para que ele não seja candidato à Presidência da República, podendo ser agraciado com o Prêmio Nobel da Paz, e povo com ele, mais firme do que nunca.
Diante da gravidade da crise institucional, caso o Tribunal Superior Eleitoral impeça a candidatura do ex-presidente, as forças políticas que o apoia poderiam pensar em promover uma eleição paralela.
Quem sabe criar um site, registrar a candidatura Lula e abrir, para votação, com registro do título eleitoral e CPF, no mesmo dia e horário das eleições presidenciais. Uma comissão técnica poderia ser nomeada para cuidar da segurança e da garantia da lisura da votação.
O tempo e os fatos estão se encarregando de iluminar o país e expor a verdade escondida na escuridão. A verdade vencerá.