O brasiliense é, antes de tudo, um réptil
Quando a seca chega a Brasília o sol nasce tórrido e segue o dia torrando tudo. Árvores peladas, chão coberto de folhas, gente feito répteis serpenteando os caminhos poeirentos dos gramados pardos da cidade. No fim do dia, uma bola vermelha treme no horizonte, atrás da lente de fuligens de queimadas, de poeira, e é engolida pela boca seca da noite. Tenho vontade de ir embora a procura de sombra e água fresca. Mas eis que o solo fermenta, a seiva sobe por caules desfolhad... Leia Mais