Não é golpe, é um assalto

 

 

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A entrega dos serviços públicos para exploração empresarial privada, de bens e recursos naturais públicos, parece coisa de malandros.

 

Essa gramática inventada por eles de que tudo que é público não presta e que o empresariado privado é eficiente em tudo, é um papo que já tá qualquer coisa. Não cola mais.

 

O que eles querem é explorar os serviços públicos de educação, saúde, previdência social, e muitos outros setores que garantem os direitos sociais assegurados pela Constituição. Eles estão modificando a Constituição para liberar geral.

 

Eles querem se apropriar de recursos naturais públicos, estratégicos para o desenvolvimento, como petróleo, água, florestas, minérios, terras, parques de preservação ambiental, fontes de energia, e muitos outros, para seus negócios, com esse papo privatista, colonialista.

 

Eles querem levar muito dinheiro com tudo isso. Aqui eles têm os gerentes de interesses externos e a garantia da ordem que favorecem aos negociantes, pelas forças armadas, policiais, judiciárias e políticas no Congresso que historicamente sempre estiveram do lado deles, na manutenção do stablisment, e uma mídia senhorial que faz a narrativa que eles querem.

 

Os gerentes de interesses externos certamente vão ficar bilionários com corretagem de ações de empresas em bolsas de valores. É um governo de negócios. O povo que se dane.

 

A Petrobras já está sendo  vendida em pedaços. O petróleo do Pré-sal, a jóia rara de Pindorama, está sendo entregue na bandeja a grupos estrangeiros.

 

O papo privatista é tão furado que quem adquiriu o poço de Carcará, na bacia de Campos, foi a eficientíssima empresa ESTATAL de petróleo da Noruega, Statoill. O preço do barril saiu pela bagatela de US$1,25 equivalente ao preço de um refrigerante.

 

O golpista Michel Temer recebeu, em audiência no Palácio do Planalto, na semana passada, o CEO da Shell e todo seu staff para agradecer a abertura do Pré-sal à exploração de grupos internacionais.

 

A Noruega é o país de mais alto padrão de vida do planeta porque o Estado controla sua produção de petróleo e investe os royalties em educação, ciência e tecnologia e outros áreas.

 

A legislação brasileira que os governos Lula e Dilma fizeram, colocando a Petrobras como controladora da produção,  é baseada na da Noruega. O golpista Temer vai aprovar outra lei que muda a lei Lula/Dilma, logo depois das eleições, para a entrega definitiva do Pré-sal.

 

Por que não se investe na seleção e preparação de funcionários públicos cidadãos para dar-lhes a consciência de que são servidores da sociedade para cuidarem do provimento dos serviços públicos de direito e dos bens públicos?

 

A Noruega e tantos outros países altamente desenvolvidos fizeram isso.

 

A Petrobras é o maior exemplo de eficiência estatal do Brasil, e de preparação de engenheiros, técnicos e gestores.

 

Em tecnologia de petróleo, é reconhecida internacionalmente  como a melhor empresa do mundo. Mas está sendo preparada para ser vendida.

 

Golpe para definir o que está acontecendo no Brasil é pouco. É  um assalto!

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