Temer foi reduzido a despachante do PSDB

FHC e Temer

Temer foi reduzido a um mero despachante do PSDB. O PSDB governa, mas não assume.

Dentro do governo, Temer é um sucesso. Ele faz tudo direitinho, cumpre a agenda do programa do PSDB, sob comandos de Aécio Neves, José Serra e Fernando Henrique Cardoso.

Formou a maior base de apoio parlamentar de que se tem notícia, a troco de cargos e dinheiro público, e toca, no Congresso Nacional, em ritmo alucinante, a pauta de votações  da reforma da previdência, trabalhista e de entrega do petróleo do Pré-Sal, de grandes extensões de terras a estrangeiros, terras raras, ricas em água, minério, como o nióbio, pedras preciosas e madeira, para que façam o que quiserem.

Os banqueiros estão com cavalos na sombra, rindo à toa, com  lucros astronômicos multiplicados com escorchantes taxas de juros cobradas sobre títulos públicos. Afinal, quem comanda o Ministério da Fazenda e preside o Banco Central são dois banqueiros: Henrique Meirelles e Ilan Goldfajn.

Fora do governo Temer afunda na opinião pública, enredado no desmonte das investigações, no desastre econômico, na subtração de direitos e entrega do patrimônio público. Mas ele não está nem aí.

A operação para livrar tucanos graúdos, pemedebista e demos, dos processos que estão no Supremo Tribunal Federal, já resultou na retirada de Sarney das mãos do juiz Sérgio Moro e colocado no STF, o tribunal que se curvou ao réu Renan Calheiros.

Temer enfiou o advogado Alexandre de Moraes no cargo de ministro do STF, como relator revisor dos processos, e advoga a tese com ministros do STF de que a montanha de dinheiro que foi para os cofres do PMDB, PSDB, DEM e de outros partidos da base do governo, é “dinheiro limpo”, contribuição para campanha eleitoral, e que propina é outra coisa.

A movimentação nos bastidores indicam que está tudo combinado. A tese é de que, se o dinheiro estiver registrado no Tribunal Superior Eleitoral, todos estarão salvos dos processos no STF. O registro das contribuições de campanha são feitos no TSE.

O presidente do TSE é o ministro Gilmar Mendes, colocado no STF por Fernando Henrique Cardoso, flagrado por fotógrafos em reuniões clandestinas com Temer, no Palácio do Jaburu, na trama do golpe de Estado com Eduardo Cunha.

Para o PSDB, que apareceu em situação deplorável nas últimas pesquisas, é o melhor dos mundos. Governar na sombra, com um despachante que faz tudo que o partido quer e ainda ganha como cortesia a narrativa NOVELIZADA da imprensa dos barões da mídia de que o governo Temer vai de vento em poupa rumo ao paraíso.

 

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