A coragem dos marinheiros nas grandes navegações
Gosto muito de livros de aventuras pelos mares.
Tenho profunda admiração pelos marinheiros, pela coragem e atrevimento deles ao enfrentarem o mar.
Dois livros atiçaram ainda mais em mim essa paixão: “1421 o Ano em que a China Descobriu o Mundo”, do engenheiro naval especialista em mapas, Gavin Menzies, chinês de nascimento e britânico por opção, e “Sagres – A revolução Estratégica”, do engenheiro civil e escritor Luiz Fernando da Silva Pinto, professor da Fundação Getúlio Vargas.
1421 conta a viagem em torno da terra, feita pela maior esquadra naval da época, composta por 20 barcos chineses de até 150 metros de comprimento, construídos com as mais bem selecionadas madeiras e junco.
A viagem, capitaneada por almirantes eunucos, bancada pelo imperador Zhu Di, durou mais de dois anos. Voltaram apenas dois barcos para contar a história.
Quando a tripulação chegou, encontrou outro imperador, que havia derrubado Zhu Di. Os navios apodreceram no cais e os registros foram perdidos.
Gavin visitou 120 países e 900 museus durante 15 anos numa pesquisa exaustiva, para concluir que os chineses foram os primeiros a dar a volta ao mundo.
Na Universidade de Princeton ele descobriu o mapa mais antigo do mundo e foi com esse mapa que ele chegou à conclusão de que os chineses aportaram na costa da América 70 anos antes de Cristóvão Colombo e um século antes de Fernão de Magalhães.
Sagres narra a construção da escola, que já conhecia a bússola, o astrolábio e o quadrante, mas enfrentava o desafio de manter os barcos no mar, na direção que queria.
Quem dava a direção aos barcos eram os ventos, por causa do tipo de velas, de tecido comum, arqueadas.
Eis que a Escola de Sagres, depois de vários experimentos, chegou à vela triangular.
Lançadas as embarcações ao mar, os marinheiros as manejavam de tal forma que a embarcação ia na direção desejada.
Foi com a vela triangular que os ibéricos conseguiram atravessar o Oceano Atlântico, se aportarem nas Américas, contornaram a África e chegaram à Índia, à China e a outros cantos do mundo.
Para completar a história, canções praieiras de Dorival Caimmy louvam a beleza e a coragem dos povos do mar,
https://www.youtube.com/watch?v=oH7_ath5x-I&t=1821s