O tombo das bolsas e a volta do realinhamento subalterno do Brasil aos Estados Unidos

 

 

 

O tombo de 4,6%, das bolsas dos Estados Unidos, considerado pelo jornal Valor o maior da história da Dow Jones, parece está sendo amenizado pelo noticiário de economia.

Repercutiu em toda a Europa e  na Ásia causando baixas. Até agora nenhum diagnóstico confiável.

Fala-se no aumento da inflação e da possível alta dos juros, nos Estados Unidos,  para conter a forte demanda. Mas parece pouco para tamanha queda dos índices.

O dólar vem caindo desde o final do ano passado. Comenta-se pouco  sobre isso. Ainda não há uma explicação também confiável sobre as causas. Há muita especulação.

Uma ameaça ao Petrodólar paira no ar, mas não se toca nesse assunto. A China, no final do ano passado, passou a comprar petróleo e gás da Rússia em Yuan, avança sobre os países árabes e de outras regiões em negociações com o mesmo propósito.

Os Estados Unidos, que abandonaram o ouro e mantém o lastro do dólar em petróleo desde 1971, estão tendo calafrios com a movimentação da China e seus fortes sinais de recuperação econômica, que irão demandar petróleo, gás, aço, cobre, proteínas e outras matérias primas.

O golpe de Estado no Brasil teve como um dos principais objetivos retirar o Brasil do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) e voltar ao realinhamento subalterno com Estados Unidos.

Se a desarrumação econômica dos Estados Unidos voltar a acontecer com as bolhas especulativas, o Brasil pode sofrer duras consequências e afundar ainda mais na crise econômica e social.

Deve voltar a viver os tempos dos governos Fernando Henrique. Naquela época, qualquer espirro da economia dos Estados Unidos o Brasil tinha febre terçã. A economia sofria com a extrema vulnerabilidade externa. O país quebrava.

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