Queda de credibilidade no judiciário faz STF puxar rédeas da Lava-Jato

 

 

 

 

 

 

O ministro Luís Roberto Raivoso, aquele que anda acima da lei pisando nas nuvens com seu sapato Luiz XV, de mãos dadas com o procurador Deltran Dallangnol e o juiz Sérgio Moro, na carruagem flutuante da Lava-Jato, deve ter sentido a puxada de rédeas da Corte em duas decisões recentes: a ilegalidade da prisão em segunda instância e a absolvição por unanimidade de Gleissi Roffmann e Paulo Bernardo.

 

É possível que a percepção da população, captada nas recentes pesquisas de opinião sobre o judiciário, tenha levado os jurebas a aterrissarem do sonho de semideuses.

 

Foram longe demais na ilegalidade. As nuvens que sustentavam a Lava-Jato viraram água, enxurrada.

 

Não só Luís Roberto Raivoso, mas o juiz Sérgio Moro está visivelmente nervoso. As palestrinhas nos salões foram reduzidas a pó diante da imensa repercussão internacional da prisão ilegal do ex-presidente Lula.

 

Sérgio Moro e o grupo de procuradores e policiais formado para a Lava-Jato convivem com a forte suspeita de serem mesmo uma articulação tucana para fins políticos partidários.

 

A pesquisa CNT/MDA deve ter tirado o sono de muita gente do judiciário. Se é que se incomodam com desprestígio.

 

Para 55,7% da população a Justiça no Brasil é (ruim ou péssima); 52,8% não confiam no Judiciário; e para 90,3% a Justiça brasileira não age de forma igual.

 

Os “fora da lei” deram com a carruagem na enxurrada. A Lava-Jato, que seria uma extraordinária oportunidade de combate à corrupção foi desviada para um caminho marginal e a credibilidade sucumbe no pântano da política de quinta.

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