O escândalo da Lava jato é de conhecimento público em todo o mundo

Foto: Lula Marques / AGPT

 

 

 

 

 

 

 

O escândalo da “operação Lava-jato”, revelado pelo site The Intercept, -agora em parceria com o jornal Folha de S. Paulo, revista Veja, BandNews e Reinaldo Azevedo –, se espalha pelo mundo e é recebido com perplexidade nos núcleos centrais de governos de poderosas nações, de instituições como a ONU, em universidades e nos mais importantes centros de debate internacionais.

 

 

 

O golpe de estado e as eleições no Brasil são objeto de estudos acadêmicos em várias universidades.  O caso brasileiro tornou-se referência como novo modelo adotado pelo serviço de inteligência dos Estados Unidos para intervir na governança de outros países, por corromper os sistemas policial, judiciário, parlamentar e de mídia, e constituir-se na mais perigosa ameaça à democracia no mundo.

 

 

 

O escândalo da Lava jato causou tanta repercussão quanto a que revelou a rede de espionagem dos Estados Unidos, montada para monitorar chefes de estado e outras autoridades. Reportada, em 2013, pelo jornalista Glenn Greenwald, para o site WikiLeaks, com a colaboração do ex-agente de inteligência da NSA, Edward Snowden, rendeu-lhe o Prêmio Pulitzer, o mais importante prêmio de jornalismo do mundo. Outro Prêmio Pulitzer pode ser conquistado por Glenn Grenwald pelo extraordinário trabalho de jornalismo investigativo no Brasil.

 

 

 

O ex-juiz Sérgio Moro e o procurador Deltan Dallagnol deviam deixar de lado o provincianismo, a arrogância, de tentar tapar o sol com a peneira. Deviam entender, de uma vez por todas, que eles estão lidando com um profissional que faz jornalismo, e por isso é respeitado internacionalmente. Glenn Greenwald está preparado e determinado a retirar, a cada semana, um dos véus que cobrem o escândalo da “operação Lava jato”.

 

 

 

Não é mais suposição. Os diálogos conspiratórios entre procuradores, policiais, o coordenador da operação, Deltan Dallagnol, e o então juiz Sérgio Moro, provam que a Lava jato foi o motor do golpe de estado contra a presidente Dilma Roussef, da prisão do ex-presidente Lula e da eleição do capitão de extrema direita Jair Bolsonaro. Isso já está claro para as autoridades e para a mídia internacionais. Não há mais como abafar o escândalo.

 

 

 

As informações estão sendo publicadas numa escalada crescente, conforme o grau de gravidade das ilegalidades para, evidentemente, se proteger dos ataques de desqualificação e tentativas de criminalização do trabalho de jornalismo investigativo, pelos sócios do golpe de estado.

 

 

 

 

Os ataques dos detratores estão sendo rebatidos com provas cabais. Antes de serem divulgados, áudios e diálogos estão sendo periciados. Foi assim que Glenn Greenwald enfrentou agentes da NSA e autoridades do governo dos Estados Unidos quando revelaram a espionagem de chefes de estado, em 2013, no site WikiLeaks.

 

 

 

 

A estratégia adotada por Glenn Greenwald, de divulgar também nas mais importantes redes da imprensa internacional, simultaneamente, colocou em xeque a mídia oligárquica brasileira, autoridades judiciárias e policiais envolvidos no escândalo.

 

 

 

O Supremo Tribunal Federal tem agora, expostas na imprensa mundial, as flagrantes ilegalidades praticadas por Moro e Dallagnol, referendadas pelos desembargadores do TRF-4 e pelo próprio STF. Se quiserem sobreviver à intempérie da história, autoridades brasileiras e certos colaboradores da mídia, envolvidos no liame do serviço de inteligência dos Estados Unidos, devem abandonar a ilegalidade de uma vez por todas.

 

 

 

Os jornais Folha de S. Paulo, Estado de São Paulo e a revista Veja, por exemplo, perceberam que quem estiver de mãos dadas com Moro e Dallagnol vai afundar junto com eles no turbilhão das provas do escândalo que começa a arrastar a “operação Lava jato” para o fundo do pântano.

 

 

 

Os editoriais dos jornais e as capas das revistas são sinais claros de recuo e de que, nos próximos dias, a divulgação dos áudios provará definitivamente o conluio do ex-juiz Sérgio Moro com procuradores e policiais. Com isso, TVs, rádios, jornais e revistas podem não conseguir permanecer na posição de proteção dos militantes da Lava jato e se juntarão ao The Intercept, Folha de S. Paulo, revista Veja, BandNews e ao jornalista Reinaldo Azevedo.

 

 

 

Cada onda de ataque de desqualificação do trabalho jornalístico será respondida com provas. A “operação Lava jato”, o golpe de estado que derrubou a presidente Dilma Roussef, a prisão do ex-presidente Lula e a eleição de Jair Bolsonaro são um escândalo internacional a céu aberto, que serve de alerta a outras nações, do risco que corre a democracia no mundo.

 

 

O esforço da sociedade brasileira nesse momento deve voltar-se para o resgate das instituições das mãos dos vândalos, travestidos de combatentes da corrupção. Restabelecer a legalidade e a justiça, esteio da democracia.

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