De repente, Barack Obama surge na tela da Globo e ataca Lula

De repente, Barack Obama surge na tela da Globo, dá uma entrevista a Pedro Bial sobre o livro que está lançando e ataca o ex-presidente Lula com acusações levianas.

 

 

 

Escrito com as mesmas mãos sujas de sangue, que assinaram a autorização dos bombardeios assassinos de milhares de inocentes em vários países.

 

 

Evidentemente, Obama quer vender seu livro, mas será que é somente isso? Ele respira a política do seu partido. Tanto que foi um cabo eleitoral implacável de Joe Biden.

 

 

A entrevista aconteceu logo após a vitória de Biden nas eleições nos Estados Unidos e em plenas eleições municipais no Brasil, onde o DEM e os partidos que compõem o “Centrão” saíram vitoriosos. Bolsonaro, derrotado como Trump.

 

 

Uma vitória atribuída a Rodrigo Maia, que surpreendentemente se apresentou como grande articulador das forças da direita a fim de se posicionarem  para a sucessão presidencial. O sonho dele é a reedição do campo político que resultou na chapa PSDB-DEM e elegeu Fernando Henrique Cardoso por duas vezes.

 

 

Aqui, as forças políticas da direita se articulam para se alinharem com o governo de Joe Binden e isolar Jair Bolsonaro e seus aloprados.

 

 

Obama fala, via Globo, num momento em que Sérgio Moro, candidato da emissora, enfrenta no Supremo Tribunal Federal um processo que pede a decretação de sua suspeição, enquanto juiz, nos processos forjados contra o ex-presidente Lula.

 

 

Depois da demissão do governo, Moro tentou fazer de Bolsonaro um guindaste para alavancar sua candidatura, mas não deu certo, estava desaparecendo do noticiário, quase sendo descartado. Até Luciano Ruck, outro empregado da Globo, foi ao encontro de Moro para conversar sobre candidaturas. Rodrigo Maia também mantém conversas com Ruck. Ou seja, a malta está se articulando.

 

 

Outro fato importante, que compõe o cenário político, é a vitória do ex-presidente Lula no STF. O tribunal obrigou a Lava-jato a entregar aos advogados de defesa do ex-presidente, os acordos feitos de forma marginal, com o FBI e outros órgãos de inteligência dos Estados Unidos. à revelia do Congresso Nacional.

 

 

Um acordo clandestino, que nunca veio a público. Não se sabe o que Sérgio Moro, procuradores e policiais, fizeram em parceria com as autoridades do império.

 

 

Por outro lado, o ministro Edson Fachin entregou o ex-presidente Lula às feras do Superior Tribunal de Justiça, para que o tribunal julgue o pedido de suspensão do caso Triplex do Guarujá. O STJ tem tomado decisões alinhadas com a desmoralizada Lava-jato. Isso não é nenhum segredo.

 

 

O Partido Democrata, com sua política sutil, tem raízes fincadas no “Estado Profundo”, que atua nas sombras da política dos Estados Unidos. Obama conhece bem a teia subterrânea formada por mais de 800 mil funcionários dos órgãos de inteligência, espalhados no país e no mundo.

 

 

A rede de espionagem que invadiu o celular da ex-presidente Dilma Roussef, o sistema de informações da Petrobras, denunciados por Edward Snowden, são fatos que desfazem a inocência de quem acredita na pureza da política dos Estados Unidos.

 

 

O simpático Barack Obama, com sua “despretensiosa” entrevista à Globo e seu livro, entra no cenário político do Brasil como personagem de roteiro bem pensado. O livro é uma peça política poderosa, de repercussão mundial.

 

 

Como dizia o político mineiro Magalhães Pinto, “Política é como nuvem. Você olha, ela está de um jeito. Olha de novo, já mudou”.

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