Cheiro de renúncia na Praça dos Três Poderes

Jair Bolsonaro diz que está com problema de saúde, decorrente da tal facada que levou no início da campanha, em 2018, e que terá que se submeter à quinta cirurgia. Será isso verdade ou mais uma mentira?

Ele disse isso no mesmo dia em que foi anunciada a instalação da CPI do Genocídio;

da determinação da ministra Cármem Lúcia, do STF, ao presidente da Câmara, Arthur Lira, para que em cinco dias responda qual o motivo do não acolhimento dos pedidos de impeatchment de Jair  Bolsonaro;

e da decisão do STF que torna Moro suspeito, anula todos os processos contra o ex-presidente Lula e devolve a ele os direitos políticos para que possa se candidatar à presidência da República.

Jair Bolsonaro sentiu o cerco se fechar e se aproximar muito da zona de descarte. A CPI em, no máximo, dois meses desconstrói o governo e o “mito” Bolsonaro. Ele sabe disso.

A renúncia preserva os direitos políticos dele, o habilita para concorrer à presidência da República e a cargos eletivos que lhe proporcionem imunidade parlamentar como, por exemplo, a senador ou a deputado federal.

Isso seria o último recurso para evitar a imediata cassação e a prisão, caso os delitos levem a sentenças extremas.

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