Quem paga a conta das privatizações é o povo

A imprensa oligárquica esconde o motivo pelo qual o Brasil se tornou tão dependente da importação dos fertilizantes russos.

Logo depois do golpe que derrubou Dilma, Michel Temer privatizou as quatro fábricas de fertilizantes da Petrobras. Vendeu para a empresa Acron, da Rússia.

A imprensa oligárquica não diz que o golpe foi dado para entregar o petróleo do pré-sal às petroleiras estrangeiras, entre outras entregas, como a dos fertilizantes, aos bilionários internacionais das nações centrais.

Movido pela sanha privatista dos governos neoliberais, o Brasil, um dos maiores produtores de alimentos do mundo, abriu mão de empresas estratégicas para a produção agrícola e de petróleo.

Agora, fazendeiros e empresas do agronegócio, que apoiam incondicionalmente Bolsonaro, estão vendo seus negócios derreterem com prejuízos imensos.

Não bastasse isso, a China, que comprava 70% das exportações brasileiras, cortou 40%. E não foi por causa da guerra.

O mesmo estão fazendo com o petróleo. Fatiando a Petrobras, vendendo para os gringos das nações centrais. Quando abastecem seus carros com o preço dos combustíveis dolarizados, o povo está pagando dividendos aos bilionários estrangeiros, acionistas. No supermercado também. O valor pago na compra dos combustíveis está sendo repassado para o preço dos produtos do supermercado.

O preço do golpe, das privatizações, chegou para todo mundo, menos para os bilionários. Esses nunca perdem. Só ganham.

Como se eles, banqueiros e acionistas empresariais, do topo da pirâmide social, tivessem aspiradores ligados, sugando o dinheiro da população das classes média e da base da pirâmide.

Assim funciona a acumulação no capitalismo predador e a geração da pobreza. Assim funciona as privatizações.

(*) Fábricas de fertilizantes vendidas: Camaçari (BA), Laranjeira (SE) e Três Lagoas-MS.

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