Tirem as mãos da Água Mineral

Tirem as mãos da Água Mineral!
Deixe-a como está!

O interesse privado não tem nada a ver com o interesse público.

O Parque Nacional de Brasília, berço das piscinas, é um patrimônio público ambiental, histórico, cultural e social do Brasil, particularmente das pessoas que vivem no quadradinho.

Novamente estão tentando entregar a Água Mineral para exploração comercial, com o pomposo nome de “concessão”, palavra macia da gramática privatista.

O projeto do governo Bolsonaro, desde o início, é  entregar todos os parques nacionais para exploração comercial. Primeiro passo para apropriação do patrimônio público. 

No fundo… no fundo… eles querem dar outro destino para a área do Parque. Especuladores imobiliários de Brasília sonham em cortá-la em lotes para um luxuoso condomínio.

Empresários malandros de Brasília chegaram a falar em engarrafar a água das nascentes que abastece as piscinas, para vender.

Nós da Associação dos Amigos do Parque Nacional de Brasília, da qual sou vice-presidente, já enfrentamos várias tentativas de “concessão”.

A gente sabe o que está por trás da expressão “concessão por 20, 30 anos”. Uma vez feita, não tem retorno.

Na última tentativa, no governo Temer, para tornar o negócio mais “atrativo”, falavam em instalar toboáguas nas piscinas, uma área para realização de festas de grande público, tipo “agroboiada”, lanchonetes e restaurantes.

Imagina isso numa área de preservação ambiental. O que seria dos quatis, das onças, dos veados, dos lobos-guará, dos caetitus, dos tatus-canastra, dos tamanduás-bandeira, das araras, das curicacas, e tantos outros animais que vivem em paz no cerrado e nas matas-galeria do Parque.

Todos nós do quadradinho não podemos permitir isso. Precisamos nos mobilizar para preservar o Parque e as piscinas como estão hoje. Ponto!

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