O serviço público não pode servir de abrigo para golpistas.

Investigações dos órgãos de inteligência, em curso, sobre os atos terroristas, em Brasília, estão passando um pente fino na Polícia Civil e Militar do Distrito Federal, sob intervenção.

Quem prevaricou, deixou de cumprir com sua função pública, explícita na Lei e na Constituição, perdeu a confiança da sociedade e do Estado.

Esse é o princípio que norteia os inquéritos e que tem respaldo nas leis e na Constituição.

Servidores civis e militares que participaram de alguma forma dos atos terroristas na Praça dos Três Poderes ou que foram negligentes no exercício de suas funções públicas vão responder a processos administrativos e, consequentemente, serão exonerados.

Além disso, vão responder a processos por atentar contra o Estado Democrático de Direito e contra a Constituição.

Os flagrantes foram colhidos em redes sociais, em posts de antes do dia 8 de janeiro, período de preparação da tentativa de golpe, e no dia dos atos terroristas.

Telegram, Facebook, Instagram, Twitter, Whatsapp, YouTube colocaram a disposição dos órgãos de investigação todo o acervo de posts das pessoas investigadas.

O Ministério Público do Distrito Federal também se juntou às demais instituições que estão investigando a atuação das forças de segurança do GDF.

Imagino que, pela primeira vez, vamos ter punições exemplares, que ficarão na história do Brasil.

Tenho impressão que muita gente apostou na impunidade ou foi ingênua quanto as consequências de suas atitudes.

O serviço público não pode servir de abrigo para golpistas.

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