Omissão ou conivência?

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Ou o Supremo Tribunal Federal e o Conselho Nacional de Justiça fazem respeitar as garantias constitucionais e cumpram suas funções de guarda do Estado democrático de direito ou serão responsáveis por uma escalada de violência no país de proporções inimagináveis.

 

Se o STF está subordinado à mídia senhorial, por vaidade de muitos de seus membros, faz-se conivente com os recentes acontecimentos.

 

A Suprema Corte é lustradora de vaidades, um templo de “vacas sagradas”, como dizia o jurista e ex-senador José Paulo Bisol. Disso já se sabe.

 

Ministros do STF até se manifestam contra os desmandos. Mas não agem, talvez por medo de serem atirados na vala dos condenados pelo chamado “Quarto poder”? E por isso parecem cumprir scripts determinados pela mídia?

 

O fato é que a cidadania do povo brasileiro está sendo ultrajada por um juiz que, por baixo da toga, veste a camisa de torcedor fanático da oposição, sem que nenhum dos órgãos competentes da República a proteja.

 

No Ministério Público e na Polícia Federal, alguns procuradores e policiais vão no mesmo sentido, condenam levianamente investigados e xxx vazam depoimentos, de forma seletiva, a setores da imprensa que fazem parte da conspiração para o golpe de Estado liderado pelo candidato derrotado em 2014, Aécio Neves.

 

A sequência de ações do juíz Moro, que culminou na detenção ilegal do ex-Presidente Lula, ao ser levado de forma humilhante para depor, deixou claro que a Operação Lava Jato foi criada para fins político-partidários e eleitorais.

 

Por outro lado, tornam-se intocáveis políticos de oposição, como o próprio senador Aécio Neves, delatados, nas mesmas condições dos demais, e protegidos na opera Lava Jato.

 

Os indícios estão cada vez mais evidentes de que o juiz Moro está sendo orientado politicamente pelo senador Aécio Neves e seu grupo conspirador, os mais interessados no golpe de Estado.

 

Esse espetáculo vem sendo mostrado todos os dias nas telas de TV, no rádio, na internet, nas páginas dos jornais e das revistas, da forma mais vil, sem que as autoridades democráticas, competentes, tomem providências e impeçam o país de mergulhar num conflilto de consequências imprevisíveis.

 

Enquanto isso, ministros do Supremo, envoltos em suas capas pretas, no aconchego do alto de seus gabinetes, miram o horizonte e fingem não ver a violência das garantias constucionais, deixando dormir nas gavetas da corte ações de cidadãos que clamam por justiça.

 

O Supremo Tribunal Federal, o Conselho Nacional de Justiça e o Congresso Nacional são hoje os responsáveis por permitir o estabelecimento de um tribunal de exceção no Brasil presidido por um juiz de segunda instância que milita a favor de um golpe de Estado judicial e midiático. Os fatos comprovam isso.

 

Diante da omissão dos órgãos competentes da República, imensa parte da população do país se levanta para fazer valer a ordem democrática e constitucional, e os direitos conquistados de viver na legalidade, com estabilidade política e paz social.

 

Brasília deve receber no dia 13 de março aproximadamente 1 milhão de manifestantes vindos de todos os Estados da Federação. O que seria uma manifestação de 100 mil pessoas, segundo organizadores, se transformou numa marcha dos indignados sobre o Planalto Central.

 

Os desdobramentos do conflito estão se tornando imprevisíveis. Uma coisa é certa, a ilegalidade não prevalecerá. O Brasil de hoje não é o Brasil de 1964. Ninguém conseguirá deter o avanço da democracia.

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