Acidente com cachorros soltos

Acidente com cão

Já foi atacado por cachorro?

Pois é, numa conversa com um policial civil fiquei sabendo que aumentou muitos acidentes com cachorros em Brasília por conta de negligência dos donos.

Os acidentes têm acontecido, na maioria das vezes, por causa da história do “meu cachorro não morde”, “confio no meu cachorro.

Os donos saem para passear com os animais, em locais públicos, sem focinheira ou sem coleira, como manda a lei, e os ataques acontecem contra pessoas, ciclistas, motociclistas, mais com crianças.

Tem gente que não leva em consideração o fato de o animal ser movido por instinto. Deve pensar que cachorro é gente, que entende o que se fala com ele, ou que é comandado por controle remoto.

São muitas histórias, que poderiam ser narradas aqui, mas são muitas. Uma, trágica, bastante conhecida em Brasília, foi a morte de um morador do Lago Norte, encontrado, em casa, numa poça de sangue, estraçalhado pelo próprio cão de estimação, um Rottweller.

Criado desde filhote, o cão, de extrema confiança, que o dono chegava a  rolar no chão brincando com ele, e o tratava com muito carinho. Um dia, do nada, o cão estranhou o dono  e o matou.

Outro caso aconteceu com uma criança de quatro anos, filho de uma amiga. A criança, ao correr ao encontro de um pequeno cão de uma senhora, que havia soltado o animal da coleira, dizendo ela que era manso, não atacava ninguém, foi mordida gravemente no rosto e em várias partes do corpo. A criança já foi submetida a várias cirurgias plásticas, tamanho os ferimentos.

Essa história de soltar os cães das coleiras, sem focinheiras, está se tornando uma prática baseada numa premissa de entendimento do próprio dono de que “o seu cão não ataca”. Isso demonstra falta de conhecimento do que os caninos são capazes quando seus instintos são acionados por motivos desconhecidos.

Existe uma lei que estabelece procedimentos para se evitar exatamente os acientes. Os donos preferem sua convicção a realidade dos fatos .

Por que as pessoas insistem em colocar em risco a vida dos outros, principalmente de crianças?

No Brasil, 150 mil pessoas são mordidas pelos animais de estimação todos os anos. Em mais de 70% dos casos, as mordidas dos cães atingem o rosto.

“As piores conseqüências ocorrem quando a vítima é criança, o que representa 60% das ocorrências.

Assim como as ensinamos a tomar precauções quando andam de patins ou bicicleta, devemos prevení-las sobre os riscos de se aproximarem muito dos animais, mesmo os de estimação”, afirma o cirurgião plástico Robert Jan Bloch, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP).

A Lei Distrital 2.095 de 1998, permite a permanência de cães nas vias e logradouros “quando portadores de Registro Geral Animal (RGA) e conduzidos com coleira e guia, por pessoas com tamanho e força necessários a mantê-los sob controle”.

“Cães de grande porte, de raças destinadas a guarda ou ataque, usarão também focinheira quando em trânsito por locais de livre acesso ao público”, completa o parágrafo 2º. Ponto.

Qualquer pessoa pode ligar para a polícia e denunciar os negligentes.

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